sábado, 27 de fevereiro de 2010

Olhando pro céu, olhando pra vida;



Deitada sobre a grama, fechei os olhos e comecei a imaginar grandes felicidades que poderiam estar a acontecer comigo. Ao conduzir um sonho em minha mente, mal imaginava diante de quanta felicidade metafóricamente me encontrava. Abri os olhos e vi um grande azul, e comecei a ve-lo de modo que jamais havia visto.

Era uma representação de vida, composta por um infinito de felicidades, chamado céu.
Olhei aquele azul, aquele brilho, aquelas nuvens, e me vi ali, misturada no meio de tanta felicidade.
Ao passar o tempo, vi que aquela felicidade tão linda e segura, ia se desfazendo, se ocupando de uma pequena escuridão, que logo seria grande. Pensei... Mas nem no céu a felicidade pode se fazer eterna? Sempre, como na vida terá uma escuridão que a tirará, mesmo que momentaneamente?
Esperei mesmo o tempo passar ali, olhando tudo, cada detalhe pra ter certeza do que aconteceria.
Reparei que uma pequena essência da tal felicidade, que a cada vez mais que a escuridão vinha marcando sua presença, mas essa essência ia ficando forte, brilhando muito, não se esmorecendo se fazendo mais graciosa.
Era uma pequena e radiante estrela.

Vendo de uma outra forma, percebi que ela era, ou pelo menos deveria ser como nós, no caso deveríamos ser como ela.

Que mesmo na escuridão, numa possível infelicidade, que vem pouco a pouco até chegar a ocupar tudo que a cerca, ela está ali, se fazendo forte, se fazendo brilhante, trazendo toda a felicidade do infinito em que se encontrava, fazendo dela que era tão grande, que a fazia transparecer no meio de tanto, eterna. E ali, tão linda, ela não deixara de existir nunca e não desistia principalmente de estar ali, esperando aquele momento passar, para viver no meio de tanta felicidade de novo, para quando esse momento voltar ela brilhar mais forte ainda, se fazendo mais bela.





Hoje sempre que a vejo penso...


" Das estrelas do céu, me farei a mais bela, a mais forte "




sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O buquê;


Para todas as meninas que sonham com o tal do casamento, o buquê seria o primeiro sinal de que esse sonho será realizado. Ao pegá-lo recebe-se o encanto de todo um amor já construido, seguro e abençoado por Deus. Todas querem pegar, no intuito da seguinte tradição " quem pegar será a próxima a casar" . Algo ilusório ou apenas folclore não importa, todas as mulheres solteiras se unem para pegar o tal buquê, pois o que importa é a fé que se deposita ali.
Me lembro de cada instante...
Ao começo do casamento a cerimônia, a noiva veio linda, espalhando seu brilho onde passava, e encantando meus olhos. Incrível que nunca tinha sentido tanto a presença de Deus como naquele dia, meu coração estava leve com uma felicidade que até então não existia claramente, havia um certo peso no peito e parecia que tudo tinha passado. Talvez nem os pais da noiva tenha visto aquela cerimonia de modo tão puro como vi, e como o abençoei. Naquele momento só pensava, como esse dia realmente deve ser único a uma mulher, e nunca havia pensado de tal forma. Pensei como se fosse o meu dia, lembrei do primeiro dia em que conheci o homem que habita minha alma, em que ao ir dormi fechei os olhos e sem pensar me vi caminhando diante dele , que me esperava com um grande sorriso. Naquele momento parecia que o sentia do meu lado e era nele e em tudo que me fez o amar que pensava com o encanto de tal união feita por amor. Já não pensava que não tinha mas aquela união, apenas sentia sua presença tão forte ali, como se Deus estivesse o colocando ali do meu lado, pra sempre.
Contudo, a celebração terminou, comprimentos aos noivos e a festa começou. Eu já nem me lembrava dessa tradição de jogar o buquê, quando as mulheres foram chamadas e correram com a tal esperança. Eu não iria se não recebesse um toque de minha mãe, eu não iria, mas naquele momento eu me vi com algo que já não tinha a tempos, uma certa fé em relação a todo o amor que tinha e fui esperando um simples sinal.
Eu ali, com todas as outras, apenas pensei nele, senti ele, naquele que ocupava o meu coração, e não me lembro bem da noiva jogando o buquê, mas me imaginava o pegando. E eu estava ali mas ao mesmo tempo estava tão longe, quando então eu abri os olhos para tudo que estava acontecedo, o buquê veio em minha direção, algo tão inusitado e intuitivo me fez levantar as mãos, e nelas ele se encaixou. A atenção então se voltou para mim, e até parecia mesmo que eu tinha ao menos um noivo (risos). Uma sensação tão ofegante e tão boa existia em mim naquele momento.
Jamais havia pensado no que iria acontecer, jamais havia pensado de quão sentimento iria me inundar naquela noite. E ela passou, e hoje, guardo um encanto daquele buquê, uma pequena rosa, com palavras em sua volta, emitidas primeiramente daquela sensação, daquele sentimento, para que um dia, no dia certo, eu a veja de novo, sinta aquelas palavras, sinta aquela sensação, e pense que sim, a fé do amor não morrerá, ela permanecerá enquanto acreditarmos que ela será o motivo de uma eterna felicidade, e que aquelas sensações estarão sendo sentidas novamente, só que com mais intensidade para mais um novo momento único.
Que daquela rosa, venha um grande amor. Que daquelas palavras venha uma eterna verdade. Que daquele dia venha mais uma presença divina.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Pequena confusão;


Já havia dias que já não podia escrever uma só palavra. Já não tinha palavras que pudessem descrever o que eu sentia. Já não podia, já não queria saber o que era todo aquele sentir em mim. Existia o medo de saber o que aquilo poderia me causar. Mas eu não podia deixar de sentir.

Era uma dor misturada com uma felicidade, era um medo misturado com uma coragem, era um amor misturado com ódio, era uma preguiça misturada com força de vontade, era uma verdade misturada com uma mentira, era sucesso misturado com fracasso, era, talvez ainda seja, a coisa mais estranha que já senti.
Movi pensamentos para que ficassem distantes de tudo isso, ligados só às partes boas dessa minha história.
No fim dessa movimentação, já incontrolável, voltei às minhas próprias palavras e vi que já não dava mais para movimentar pensamentos, fugindo da parte que deixei ao lado, dos meus próprios sentimentos, das minhas verdades, e tinha que sentir verdadeiramente tudo isso e viver.
Senti. Vivi.

Senti algo, que já não sentia à algum tempo. O alívio.
Tirei de mim o sentimento que quanto mais fugia, não percebia que mais o sentia. O medo. E quando o encarei, tudo mudou.
Tudo passou, e até parece que agora que tudo começou, como se eu tivesse sentido a primeira batida do meu coração ou dado o primeiro olhar ou suspiro de amor.

Sem medo, vi, descobri o que era aquilo que me provocava tanta aflição.
Era só uma pequena confusão. No meu coração.