segunda-feira, 21 de março de 2011

Ah, verões...


Em 20 de março, 18 verões se foram desde que nasci, verões tão quentes quanto o que há dentro de mim hoje, esfumaçando sensibilidade.

Hoje tudo aqui dentro é uma composição do que foi o ontem. Aqui, trago tudo o que me fez engrandecer e ao meio de tudo amadurecer. A gratidão permanece a Ele, a Aquele que vem me mostrando o que deve ser valorizado de verdade, que vem estando comigo no meio das dificuldades, que vem me tornando forte apenas com seu amor.

Os 18 verões agora se passam e posso dizer que não sou mais como o verão passado, que hoje o sol está mais forte, que por versas vezes ele até provoca seca, mas que não deixa de brilhar. Esse verão busca preparação para o outro que vem e quer elevar o brilho que o compõe a lugares aparentemente inalcançáveis, fazendo mudança na sociedade, buscando bens comuns, buscando verdade, sinceridade, honestidade e esperança em cada ato.

Cada raio desse verão nesse momento se intensifica, fortificando aquilo que se faz vivo em mim, fazendo com que o que formou ele hoje jamais seja apagado, mesmo que ele esfrie um pouco nesse outono que vem ou congele no inverno, ele renascerá com as flores da primavera e se manterá vivo.

terça-feira, 8 de março de 2011

Mulher, seja como uma.


Parada diante de uma tristeza desprezível, me encontrava.
Não encontrava forças pra me mover, olhar pra outro lugar.
Absorvia tudo o que mantinha aquele momento.
E já me acostumava estar ali. E já desistia de tentar sair dali ...

De onde veio não sei, mas senti aquela voz, ouvi aquela voz que dizia:

- Mas você é mulher!

Fechei os olhos, senti forte aquelas palavras, lembrei do grande significado que representava ser mulher, e comecei a agir como uma. Sem desistência, com força, determinação, desejo, compaixão e toda sensibilidade em busca de felicidade.

Com passos firmes, brilho nos olhos, sorriso incontido: segui.

terça-feira, 1 de março de 2011

Das vezes que me vem você



De vez em quando me pego querendo estar com você.
De vez em quando me pego diante de ti, estática. Me pego te descobrindo, redescobrindo, lendo cada olhar, cada sorriso, cada singelo movimento, sentindo seu cheiro, sua pele ou o barulho da sua respiração em meio a um grande silêncio.
De vez em quando me pego com a mão em seu peito, tentando tocar tudo aquilo que vim descobrindo, mas apenas sinto uma batida constante e como sinto na sua voz, no seu toque e no seu peito, eu sinto você e sinto amor.


O problema é que... é só de vez em quando.